sexta-feira, 31 de julho de 2020

domingo, 26 de julho de 2020

Saudade

Por definição sou rockeiro, e o nome do blog reflete isso. Apesar desses argumentos, isso não quer dizer que não possa apreciar outros gêneros. Um gênero de que sempre gostei foi o da nossa velha música popular brasileira, principalmente aquela feita do início aos meados do século XX. As grandes vozes, instrumentações impecáveis, muitas vezes virtuosas e em grande parte a biografia dos participantes pode ser comparada a dos maiores astros do rock. Não sei se já notaram, mas muitos dos bons, eram por assim dizer, diferentes, consumiam substâncias nem sempre recomendadas, passavam a noite e talvez dias em embalos nada saudáveis. Na verdade, hoje em dia sinto falta de boas bandas de rock. Hoje os vocalistas só gritam (que falta de um novo Robert Plant), as “cozinhas e as guitarras” só sabem emitir sons sem nenhuma musicalidade (novamente, que falta de uma boa banda de blues). Na nova MPB temos “cantoras” sem nenhuma voz (é moda hoje em dia). Em fim, esta faltando musicalidade. Esse é o motivo porque tenho postado tanta coisa das antigas da nossa MPB. Sinto saudade de ouvir música.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

A Música da Velha São Paulo

SÉRIE DESTAQUE N° 8 - UM DOCUMENTO HISTÓRICO - 1977

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Anjos do Inferno

OS CLÁSSICOS DA VELHA GUARDA VOL. V - 1992

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Ciro Monteiro

DE VINICIUS E BADEN ESPECIALMENTE PARA CIRO MONTEIRO - 1965

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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Será Que Eu Vou Virar Bolor?

XV / VII / MCMLX

Nesta data nascia Rubens, vulgo Pirata do Rock, que ao longo da vida foi se transformando, adquirindo gostos, formando opiniões, gostando cada vez mais de música e principalmente tentando ser rebelde o quanto a vida lhe desse chance. Hoje faço 60 anos e meu maior prazer, além de amar minha esposa, filhos e amigos, é procurar trazer a vocês um pouco da boa música que tanto me faz bem.

Chorinho

O choro pode ser considerado como a primeira música urbana tipicamente brasileira e ao longo dos anos se transformou em um dos gêneros mais prestigiados da música popular nacional, reconhecido em excelência e requinte.Tem como origens estilísticas o lundu, ritmo de inspiração africana à base de percussão, com gêneros europeus. A composição instrumental dos primeiros grupos de choro era baseada na trinca flauta, violão e cavaquinho – a esse núcleo inicial do choro também se chamava pau e corda, por serem de ébano as flautas usadas, mas com o desenvolvimento do gênero, outros instrumentos de corda e sopro foram incorporados.
O choro é visto como o recurso do qual se utilizou o músico popular para executar, ao seu estilo, a música importada e consumida nos salões e bailes da alta sociedade do Império a partir da metade do século XIX. Sob o impulso criador e improvisado dos chorões, logo a música resultante perdeu as características dos seus países originários e adquiriu feições genuinamente brasileiras.A improvisação é condição básica do bom chorão, termo ao qual passou a ser conhecido ao músico integrante do choro, bem como requer uma alta virtuosidade de seus intérpretes, cuja técnica de composição não deve dispensar o uso de modulações imprevistas e armadas com o propósito de desafiar e a capacidade ou o senso polifônico dos acompanhantes. Além disso, admite uma grande variedade na composição instrumental de cada conjunto e comporta a participação de um grande número de participantes, sem prefixar seu número. As mais antigas referências a esses grupos de músicos mencionam o flautista Calado como o iniciador e organizador desses primeiros conjuntos. Como era professor da cadeira de flauta do Conservatório Imperial, Calado teve grande conhecimento musical e reuniu em torno de si os melhores músicos da época, que tocavam por simples prazer e descompromisso de fazer música. O conjunto instrumental “O Choro de Calado” costumava se reunir sem ideia prévia quanto a composição instrumental ou quanto ao número de figurantes de cada grupo. Foi também ele o pioneiro em grafar a palavra choro no local destinado ao gênero em uma de suas partituras – a da polca “Flor Amorosa” -, até então, os compositores se limitavam a indicar, como gênero, os ritmos tradicionais. A polca “Flor Amorosa”, composta por Calado em 1867 é considerada a primeira composição do gênero. Desse conjunto fez parte Viriato Figueira, seu aluno e amigo e também sua amiga, a maestrina Chiquinha Gonzaga, uma pioneira como a primeira chorona, compositora e pianista do gênero.